Em geral, pensamos em Deus com uma identidade masculina, no entanto, minha história e as impressões que construí sobre ele, seja porque vivenciei ou estudei, não a confirmam. Quando criança o que ouvia mencionava um ser generoso, capaz de perdoar, reconhecer os erros e amar incondicionalmente. Eu enxergava estas virtudes sobretudo na minha mãe.O tempo foi passando e inúmeras perguntas sem respostas foram sendo esquecidas, mas duas não desapareceram, ao contrário, a cada dia, ganhavam vigor: Por que o amor das mulheres se assemelha tanto ao amor de Deus? Será que são a mesma coisa, têm a mesma origem?As respostas a estas questões podem nos oferecer as pistas para uma possível identidade feminina de Deus. Penso que elas estejam no caminho de volta às nossas origens mais remotas e no retorno aos dias de hoje. É para essa viagem de ida e volta, através da minha história e passando por vários campos de conhecimento, que eu a (o) convido. Ela nos conduzirá uma poderosa Deusa, ainda menina.