A Inquisição tinha estabelecido uma nova ordem na Europa católica e, por grande vontade de D. João III, estabeleceu-se também em Portugal.Reis dos Estados católicos de toda a Europa tornaram-se autênticos fantoches e cúmplices de políticas de autêntico terror levadas a cabo pelos tribunais eclesiásticos. D. João III, rei extremamente religioso, travou com o Vaticano um braço de ferro para que fosse instituído um Tribunal de Santo Ofício no país. Os primórdios da Inquisição em Portugal revelaram então uma promiscuidade obscena entre Estado e Igreja, ao ponto de o rei nomear o próprio irmão, Infante D. Henrique, Arcebispo de Braga, como Inquisidor-Mor, em 1539, depois da renúncia de D. Diogo da Silva, que ocupava esse cargo desde 1536, ano em que o Papa Paulo III instituiu o Tribunal do Santo Ofício em terras lusas.Ficava tudo em casa: Um país… Um poder… Uma família! É neste cenário que, em Coimbra, acontece uma história de amor, paixão, lealdade e também muita crueldade. Num Portugal minado pelo terror, pela corrupção e pela obscenidade, houve quem ousasse contrariar o poder… amando!