Me parece lógico e racional que as características individuais das máquinas inteligentes, tanto de hardware e software, produzam uma individualidade a partir de um conjunto de regras que podem determinar uma Personalidade Artificial.E, mais que isso, nada impede que uma Personalidade Real, como a minha ou a sua, caro leitor, possa ser modelada em uma Personalidade Artificial. Na verdade, conseguindo isso, estaremos perpetuando essa foto de nossa personalidade atual, o que no momento parece mais uma obra de ficção.Entretanto, a Consciência Artificial se mostra muito mais desafiadora que a Personalidade Artificial, principalmente pelo fato de ela poder estar totalmente oculta em nossa mente, ou cérebro.E a toda hora vemos as mais variadas notícias sobre a evolução da Inteligência Artificial, mas a verdade, que poucos comentam, é que, pouco evoluímos em termos de inteligência, e muito evoluímos em termos de processamento de dados. Ou seja, para chegarmos em um cenário real de inteligência artificial forte e genérica, com máquinas que se aproximem da consciência e capacidade cognitiva humana, ou até mesmo que ‘pensem’, como um dia sonhou Alan Turing, ainda estamos muito distantes, embora o caminho para isso esteja cada vez mais sendo traçado.O que quero dizer é que a Inteligência Artificial avançou muito em processamento, abrindo as portas para a simulação do nosso cérebro cada vez mais eficiente, mas pouco avançou em termos de criar modelos realmente de como funciona nossa mente, até porque a própria ciência ainda entende muito pouco dela, apesar de tantas evoluções tecnológicas. E talvez o caminho para atingirmos o próximo nível de evolução, com uma Inteligência Artificial Genérica, seja construirmos modelos de Consciência Artificial, como irei propor nesse livro.