Habitamos uma sociedade na qual a superação de nossos próprios limites é algo tão inerente a condição humana que muitas vezes a linha que separa o ético e moral do perturbador é deveras tênue. Dito isto, não é tarefa simples articular esse mal-estar que algumas tentativas de melhorar o homem nos trazem. Existe uma aura mágica em torno da idéia de uma sociedade livre das amarras morais que freiam a utilização ilimitada de métodos para “produzir” melhores espécimes de nós mesmos. O presente texto não tem a pretensão de esgotar o assunto, mas talvez abrir nossa mente para uma forma de pensar diferente, na qual a dopagem possa compensar o desequilíbrio genético inequívoco existente entre competidores de uma mesma modalidade.