– Socorro! Socorro! – buscava por socorro enquanto a escuridão pairava nos cantos ocultos da floresta ao redor. Andava rapidamente, buscando, ouvindo, então parou. Escutou o bater de asas de morcegos, o roçar das folhas caídas das árvores sobre a terra úmida, o alvoroço dos pássaros e o grasnar de um corvo que parecia espreitar aguardando a sua morte.
Atormentada por pesadelos noturnos, Glória nem desconfia que sejam essas as lembranças de outra vida que fora interrompida por uma maldição: a maldição do sangue. E quando se depara com a criatura que a espreita em seus pesadelos mergulha num mundo ainda mais sombrio e perturbador, buscando a cura para libertar o homem que ama da maldição.
– Eu te amo. – disse-lhe ela.
– Como pode amar um demônio? – inquiriu o vampiro.
– Como pode um demônio possuir do mesmo sentimento?