PEQUENOS PECADOS – Nº 248
UM SERMÃO PROFERIDO NA MANHÃ DE SABBATH, 17 DE ABRIL DE 1859, PELO REVERENDO C. H. SPURGEON,
NO SALÃO DA MÚSICA, ROYAL SURREY GARDENS. “Não é um pequeno?” Genesis 19:20. ESTAS palavras devemos tomar como um slogan, ao invés de um texto na aceção ordinária desse termo. Nesta manhã, não tentarei explicar o contexto. Foi a palavra de Ló quando ele suplicou pela salvação de Zoar. Mas colocarei tudo de parte em relação à conexão na qual se encontra e farei uso dela de outra forma. O grande Pai das mentiras tem múltiplos instrumentos através dos quais procura arruinar as almas dos homens. Ele usa pesos falsos e falsos equilíbrios com o objetivo de enganá-los. Por vezes, ele usa tempos falsos, declarando numa hora que é demasiado cedo para procurar o Senhor e noutra que agora é demasiado tarde. E ele usa quantidades falsas, pois declarará que os grandes pecados não passam de pequenos e para os que confessa serem pequenos pecados, posteriormente ele faz com que eles não sejam nada demais,— meras ninharias, praticamente dignos de perdão por si só! Muitas almas, não tenho qualquer dúvida, foram apanhadas nesta armadilha e foram deste modo enlaçadas, foram desta forma destruídas. Elas aventuraram-se no pecado onde pensavam que a corrente era superficial e, foram fatalmente iludidos pela sua profundidade; eles foram arrastados pela força da corrente para aquela queda de água que é a ruína de tais vastas multidões das almas dos homens!