A resenha do livro que por ora se apresenta tem como título: Prazeres Ilimitados: como transformamos os ideais gregos numa busca obsessiva pela satisfação dos desejos. A obra foi publicada pela Editora Nova Fronteira no ano de 2015. Fernando Muniz consegue transitar com facilidade entre os filósofos, poetas e mitos gregos, vindo até pensadores mais contemporâneos. Menciona Homero, Platão, Aquiles, Afrodite, Diotima, Santo Agostinho e chegando até autores mais contemporâneos, como Susan Sontag, Michel Foucault, William Burroughs, Aldous Huxley, David Foster, William Fostes e a cantora Maysa. O pano de fundo do livro são os prazeres ilimitados, onde aparecem temas ligados a compulsões, volúpias, dores sagradas, flagelações, êxtases góticos, sadomasoquismo, Eros, ética e orgasmo. Com maestria, o autor domina diferentes áreas das ciências humanas, como filosofia, mitologia, história, literatura, psicologia e antropologia. Na verdade, o objetivo maior do autor é buscar nos gregos antigos lições essenciais que sirvam para os nossos dias, procurando responder a um questionamento de fundo ético: Qual é a maneira de tornar melhor a vida humana? Seria, como pensamos nós ─ contemporâneos, a busca frenética pelo prazer para que a vida seja verdadeiramente feliz? Parece-me que o livro ensina que existem outras formas de “sensações” que tornam a vida mais digna de ser vivida e que os gregos antigos já tinham as respostas que procuramos hoje.