O propósito deste estudo não é criticar nem elogiar as escolas, mas compreendê-las e também sua filosofia essencial, como manifestações culturais. Um dos produtos e das atividades culturais mais característicos da era que hoje chega ao fim com velocidade é a escola estatal. Ao longo do tempo, ocorreram tentativas de avaliação, crítica e apreciação do papel da escola. Na maioria das civilizações, as impressões de imortalidade se apresentam como parte essencial da experiência cultural. Muitos creem que o homem por fim a alcançou, e que as formas finais e verdadeiras de expressão se manifestaram; há pela frente apenas o desenvolvimento e a completude, ao passo que a alteração das premissas é vista como anarquia ou caos. Segundo a mentalidade moderna, em especial, os homens estão mais inclinados a crer que “a sabedoria nasceu conosco” que a considerar com sobriedade que “a sabedoria talvez morra conosco”, ou nas nossas mãos. O exame das premissas é, portanto, de suma importância no que diz respeito às futuras potencialidades. As escolas estatais e sua filosofia são aspectos decisivos e cruciais na cultura atualmente claudicante e alquebrada; e elas são, pois, o poder vigente. Na medida em que sua cultura perdurar, as escolas também perdurarão e prosperarão; todavia, elas não podem sobreviver às suas premissas e cultura particulares.