“Visto que toda a humanidade nasce em um estado de apostasia de Deus e como a inclinação natural do coração, ou a mente carnal, não está sujeita à lei de Deus, e nem mesmo pode ser; nós devemos nascer de novo, não nascer do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus, antes de sermos autorizados a considerar-nos, ou sermos considerado por outros, como os súditos dAquele, cujo reino é de um tipo espiritual. Notáveis são as palavras de nosso Senhor, quando fala sobre Seus súditos leais: ‘não são do mundo, assim como eu não sou do mundo’ [João 17:14]. Não; eles são descritos pelos Apóstolos, como sendo da verdade, da fé e de Deus. Da verdade: iluminados, convertidos e santificados pelo Evangelho. Da fé: vivem por ela; derivando a paz e a santidade a partir de Jesus Cristo, através da fé nEle. De Deus: nascidos dEle; ou gerados de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Tais são os súditos do reino de nosso Senhor, em oposição a quem, o Novo Testamento representa o restante de nossa raça apóstata, como sendo das obras da lei, do mundo, das trevas e do Diabo. Das obras da lei: buscando a aceitação de Deus por sua própria obediência imperfeita, o que os deixa sob uma maldição. Do mundo: seguindo as inclinações da carne, e em um estado de inimizade contra Deus. Das trevas: ignorantes de seu estado, de que estão perecendo, e não familiarizados com Jesus Cristo. Do Diabo: participantes da sua imagem, sujeitos de seu domínio e fazedores de sua vontade. Isto mostra quão grande é o contraste formado pela Escritura entre aqueles que estão sob governo de nosso Senhor e o restante da humanidade!
Ninguém, portanto, senão aqueles que nascem do alto, são os súditos de Jesus Cristo, pois se o coração não está sob o Seu domínio, Ele não reina em absoluto, como um monarca espiritual.