Nos últimos anos tem havido uma avalanche de estudos sobre os reinos espirituais, guerra e batalha espiritual, hierarquias de demônios, espíritos territoriais etc. Existe muita especulação, polêmica e referências contraditórias. É um tema em aberto. O conhecimento de guerra espiritual tem sido de tal forma discutido que já ultrapassou os limites das igrejas e vem despertando interesse inclusive de antropólogos sociais fora do cosmo evangélico. A descrição resumida dos principais feitos heroicos de Benaia, o levita que comandava a guarda pessoal do rei Davi, parece um imaginário épico à primeira leitura. No entanto, subentende uma alegoria que se correlaciona estreitamente com a progressão da carreira de um ministro do Reino de Deus. Os personagens e os eventos da história personalizam as distorções das três manifestações freudianas da personalidade humana. Simbolizam os três principais impulsos emocionais do homem natural. Representam as três concupiscências da natureza humana e as fases cronológicas do crescimento espiritual referidas pelo apóstolo João. Antecipam as três tentações que o Senhor Jesus sofreria no deserto. Descrevem as três classes de demônios e anjos decaídos que o ministro de Deus deve enfrentar ao longo da carreira ministerial. O lirismo final quase poético da história descreve uma parte da dinâmica operacional do Reino de Deus, quer das realizações ministeriais que podem ser alcançadas positivamente de forma sublime ou negativamente por ações humanistas para atingir metas de crescimento.