Alan e Carlos eram amigos desde a infância. Até que um dia Alan tomou emprestado de Carlos uma alta quantia e gastou tudo de forma irresponsável, sem ter como pagar o que devia a Carlos. Alan ficou com vergonha e começou a se afastar do amigo. Triste por que gostava do amigo, Alan sentia que não podia se aproximar do amigo por causa da dívida. Então, uma pessoa desconhecida de Alan, sem pedir nada em troca, vendo o quanto ele estava tris-te, deu-lhe o dinheiro suficiente para pagar a dívida e restaurar o relacionamento. Essa história fictícia se parece com a verdade do que Jesus fez por nós. Por meio dos nossos pecados contraímos uma dívida impagável com Deus. Essa dívida gerou em nós vergonha e distanciamento no nosso relacionamento com o Pai. Mas Jesus pagou, ou melhor, “havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz.” (Cl 2.14.) Uma dívida que jamais conseguiríamos pagar com nossos esforços ou méritos, foi paga pela morte de Je-sus na cruz do Calvário. Quando aceitamos o sacrifício dele por nós, nosso relacionamento com Deus é restaurado e podemos desfrutar de uma amizade íntima com Ele sem condenação ou vergonha como se a dívida nunca tivesse existido.
Estar isento de culpa e apto para um relacionamento com Deus é o que Bíblia chama de estar justificado por Cristo. Nas páginas seguintes vamos entender que a justiça é uma obra de Cristo que precisa cobrir nosso coração como se fosse uma couraça (Ef 6.14). Vamos entender por que a Bíblia usa a figura e a chama de couraça da justiça. E como esse objeto usado pelo soldado na época do império romano era importante para que o soldado continuasse firme na batalha.