A Ciência entende que a intuição significa simultaneamente, pelo menos três tipos de abordagem: a tomada de decisões; os pressentimentos, e a sabedoria. Na tomada de decisões utilizamos comumente o automatismo adquirido durante a vida (e, igualmente, os aprendizados decorrentes de todas as nossas existências pretéritas), e em geral, somos guiados para decidir da melhor maneira possível, embora não tenhamos como definir como esse episódio acontece em nossa vida. Os pressentimentos, de uma maneira geral, têm origem nada convencional, mas acerta na maioria das vezes. A sabedoria diz respeito ao entendimento daquilo que as outras pessoas estejam pensando ou sentindo. Ocorrem, muitas vezes, que esses três tipos de abordagem se misturam de maneira “cientificamente inexplicável”.O que mais nos diferencia das outras espécies animais é o uso da razão contínua. Desde pequeno o ser humano aprende que é um animal racional e lógico. E durante muitos anos e séculos, os seres humanos prosseguiram sendo definidos dessa forma. As manifestações que extrapolavam os limites estabelecidos como sendo naturais eram tidas como ações dos poderes da mente, sem que se conseguisse definir com exatidão o que isso significava. O conceito adotado ainda era o da Grécia antiga: o homem era um ser racional, pelo menos na maior parte do tempo. A objetividade era algo primordial para as grandes realizações e conquistas da espécie humana. Teríamos de aguardar os trabalhos de William James (1842-1910), o grande psicólogo que iniciaria a tarefa de perscrutar a intuição. Anos depois, Carl Gustav Jung (1875-1961) desvendaria as quatro funções básicas da mente humana: pensamento, sentimento, intuição e sensação. E Sigmund Freud (1856-1939) revolucionaria a Psicologia com conceito de Id, Ego, etc. Os metapsiquistas do final do Século XIX e começo do Século XX efetuaram uma grande quantidade de experimentações com os sensitivos e os médiuns, descobrindo realidades anteriormente deixadas para trás, por estarem diretamente ligadas a questões de ordem religiosas; e, por isso, a Ciência não se ocupara antes com essas “bobagens”. E, mesmo os cientistas que haviam se aventurado, mesmo que timidamente, os “poderes da mente” eram vistos com certa reserva.