Em algum momento depois de um futuro pós-feminismo e pós-marxismo, logo após um evento que torna povos outra vez isolados pondo em xeque a globalização e os confortos tecnológicos antes quase onipresentes, uma mulher trata de sua sobrevivência tendo o gosto pela reflexão sobre o cotidiano, com a ajuda da lembrança de tudo o que descobriu na convivência com sua avó, observando pessoas e suas relações com o mundo, acompanhada por fragmentos das anotações, reflexões e registros que ambas costumavam fazer. Vivendo muito bem sozinha, supria todas as suas necessidades, inclusive sexuais, numa espécie de celebração com a própria natureza. Neste mesmo tempo e espaço, um homem com o hábito de refletir o cotidiano a partir da observação das relações entre as pessoas chega a conclusões que o fazem preferir viver sozinho, suprindo todas as suas necessidades, inclusive as sexuais, numa espécie de celebração escondida e consigo mesmo, até o momento em que tamanha solidão faz dele um pouco mais curioso e disposto a conhecer mais pessoas e lugares.