Não apenas fantasmas, vampiros e lobisomens povoam as histórias de horror. Não raras vezes, o ente assustador das narrativas de terror incorpora-se na figura de animais, desde misteriosos gatos ronronantes a asquerosas ratazanas de presas afiadas.O ataque de animais a seres humanos está no centro da presente antologia. A cruel investida pode significar não apenas um desdobramento dos instintos naturais dos animais (“O Sonho de Talano”, de Boccaccio; “À Deriva”, “O Mel Silvestre”, “O Caçador de Ratos”, de Horacio Quiroga), mas, também, uma vingança cruel e articulada (“A Torre das Ratazanas”, de Hugo, “Os Gatos de Ulthar”, de Lovecraft) ou, ainda, ambas as coisas (“Minha Quarta Septicemia”, de Quiroga).Em toda parte há horrores animalescos. Alguns, absolutamente invisíveis, porém palpáveis (“O Travesseiro de Penas”, de Horacio Quiroga); outros, visíveis, mas fantasmagóricos (“A Alucinação de Satley Fleming”, de Ambrose Bierce, “Os Lobos de Cernogratz”, de Saki. Há terrores animais concretos (“O Lobo”, de Maupassant), absurdos (“O Abutre”, de Fraz Kafka), sobrenaturais (“Os Cães do Demônio”, de Torquemada; “O Lobisomem”, de Horacio Quiroga)... Mas sempre horrores...Cães, gatos, ratos, formigas e até mesmo bactérias... Neles, reside o horror.Leia mais