O pseudônimo de um jovem artista que se tornava ator aos 21 anos de idade. Uma coluna virtual semanal. O anonimato de quem perambulas as ruas do mundo entendendo tudo como casa. Com muitos quartos, ainda assim tudo casa. Observando os vãos e os vieses da cidade, as sombras noturnas, os momentos congelados de vida, de quase vida, de morte. A vida é curta. Curta a vida. O andarilho saiu perambulando as ruas de cidades diversas, rodopiando em vielas e salas de pessoas de bem. Selecionou uma estagiária do curso de letras da universidade local. Houve a magia do diálogo entre os monólogos, uma avaliação conjunta e a experimentação de público. Eis aqui o resultado. A primeira publicação do conjunto dos contos poéticos ou crônicas soltas, em livro impresso e ebook.
O andarilho não doutrina, não dogmatiza, não prega. Nem sequer aprender o andarilho aprende. Caminha. Traça, trilha, vagueia, perambula, rodopia, cata cavaco. No final de cada ciclo regurgita suas estripulias de anjo torto; balbucia o que lhe parece ter vivido. Nunca conta a verdade estrita, mas apenas o pedaço que lhe coube lembrar.
“Por isso mesmo sou um salto, por amar o que é vento.Por tudo isso sou errante, por necessitar de não acertos.Somando tudo eu devo ser pássaro, por não tolerar o limite do chão.Sou sim, um andarilho, louco errante que cronifica a vida.”