Acredite meu caro leitor este estudo não é um acerto de contas com os nossos cachaceiros de hoje e nem de outrora, tampouco um tratadode retratação pública com estes que sempre foram considerados os párias da nação. Nada disso! Nem mesmo é um anedotário onde lança estes sujeitos lambuzados de cachaça na condição de palhaços e nem mesmo na condição de transgressores. Ora, meu caro desavisado, nem uma coisa, nem outra! Estes derrotados são apenas cabeças de piolhos que alimentam a roda, que fazem este teatro de horrores, que é viver, parecer menos (ou mais)! apocalíptico. Pois encher a cara, de preferência a cada hora, está dentro do script de uma vida idiota tão ou menos estúpida que a vida que nossas rainhas do lar, endinheiradas ou fodidas, fazem diante das horas ininterruptas que passam assistindo novela, fumando e cuspindo sobre omundo. Nem de longe há aqui neste livro uma recondução do bebum ao seu altar de coitado e marginal. Não, não é essa a função deste anedotário maldito.
Zé Montanha