O autor aborda a relação entre a vida de Robert Schumann, suas obras musicais e sua psicose. Uma extensa análise fenomenológica foi realizada envolvendo as correspondências (cartas) desde sua juventude até a maturidade, seu diário pessoal e de casamento e suas partituras. O autor relaciona a fenomenologia da música a uma análise fenomenológico-existencial. No que diz respeito à fenomenologia da música, o texto enfoca a tradição da estética fenomenológica, que inclui autores como Merleau-Ponty, Mikel Dufrenne e Thomas Clifton. No que concerne à abordagem existencial-fenomenológica, o autor constrói um diálogo com a tradição da fenomenologia psiquiátrica do início do século XX, envolvendo Karl Jaspers, Eugene Minkowski e Ludwig Binswanger. A análise musical começa a partir da análise objetiva e culmina com o desenvolvimento de uma abordagem fenomenológica, com ênfase especial na corporalidade, materialidade, tempo, espaço e pathos. O autor conclui que a música de Schumann expressa as forças escondidas que estavam sempre presentes em sua vida atormentada.