O livro tem como proposta ser a voz daquele que se cala, que aceita a violência institucional e muitas vezes, ainda se sente o “culpado”, o “incompetente”, porque é isso, exatamente, o que pretende o assediador, fazer com que o assediado destrua a sua autoestima e só se manifeste para exonerar-se. O assédio moral, essa praga que se dissemina nas relações de trabalho públicas aéticas, nas quais impera a lei de quem tem mais poder, precisa ser combatido. O assédio na administração pública, não destrói apenas o assediado, mas leva junto a qualidade dos serviços públicos, quer seja pela insegurança gerada pela falta de respeito à dignidade humana, que impera nesses ambientes, quer seja pelo adoecimento e afastamento do servidor público.