Sabia que a culpa era sua, sempre foi. Ela que não quis enfrentar fatos, que compreendeu além do compreensível. Ela que acreditou em cabeleireiros, em vestidos. Que acreditou em algum controle. Fecha o armário – de que vale tantas roupas – mas não consegue chorar, o choro também não tem porquê. A ferida não sangra, mas reabre a cada movimento mínimo lembrando que o melhor é ficar parada – como se, imóvel, o mundo não girasse, não se movesse sob os seus pés.