Como uma grande homenagem ao mistério da subjetividade humana, esse suspense se constrói através de um mergulho no universo de Bob, um menino largado sozinho em um sítio após a deterioração do apaixonado casamento de seus pais. As constantes reviravoltas na estória mostram a falência das certezas, onde o que parece óbvio torna-se circunstancial, e o saber acaba por escorrer por entre os dedos, a cada instante. Nesse mundo rodeado de lacunas, Bob começa a vasculhar os rastros deixados pelos seus pais e é tragado por questões existenciais, como a dúvida, a culpa, a confiança, o erro e a reparação, dialogando com a literatura e a música, sobretudo de seu homônimo Dylan, na busca de entender os enigmas envolvidos na partida de sua mãe e na transformação de seu carismático pai, Klaus, em alguém depressivo e autodestrutivo.
No final, tudo que o leitor acredita saber simplesmente não o é. Um de nós deve saber: será?