Entre 2003 e 2005, três países da ex-União Soviética presenciaram movimentos oposicionistas chegarem ao poder, seja diretamente, através de eleições presidenciais, seja pela renúncia dos líderes de então em resposta a intensos protestos populares. Esse conjunto de movimentos – a Revolução das Rosas na Geórgia, a Revolução Laranja na Ucrânia e a Revolução das Tulipas no Quirguistão – acabou recebendo a alcunha de Revoluções Coloridas. O objetivo central deste trabalho é fazer uma análise das políticas exteriores adotadas após as Revoluções Coloridas por cada um dos três países onde elas ocorreram. A principal preocupação é com as relações que emergiram com a Rússia, que representou obstáculo importante ao sucesso de cada um dos três movimentos. Esta análise ajuda a esclarecer em que medida o embate russo-americano, tão marcante durante os processos que levaram às revoluções, manteve-se presente nos discursos e nas ações dos novos governantes após a subida ao poder.