Prólogo.
Quando a ordem natural de sua vida foi quebrada, a dorfoi tanta que João perdeu a noção de tempo e o sentido da vidanão tinha mais sentido algum. Já não sabia mais a diferençaentre o real e o imaginário. Tudo escureceu, tudo virou breu.Mas a vida continua. Feito nau em mar revolto, segue seurumo. Mesmo em destroços, o barco alcança a calmaria.O tempo, senhor de todos os erros e acertos, é implacável,às vezes, bondoso, às vezes, cruel, cura ou esconde todas asferidas. Todos precisamos de um tempo para que possamosviver nosso luto, chorar nossas dores, lamber as feridas paradepois voltarmos à batalha do dia a dia do resto de nossasvidas. É justamente esse tempo que João precisava para buscara si mesmo. Esta é mais que uma história de amor, é umahomenagem à vida, pois a vida pode ser muito mais que ummomento entre o nascimento e a morte.
Para meus filhos William, Gabriela e Manoela com amor!