O grande paradoxo do célebre tratado militar de Sun Tzu, “A Arte da Guerra”, é exatamente o de expor os horrores da guerra enquanto aconselha a melhor forma de realizá-la.
A grande questão oculta nele, emprestada do taoismo, é o reconhecimento de que a guerra é terrível, mas também inevitável, e o seu aconselhamento se dá precisamente numa abordagem de “suavização do horror”. Ora, se a guerra é inevitável, cabe ao bom governante e estrategista tratá-la com muita seriedade, e só enviar seus soldados para as batalhas que possam efetivamente ser vencidas.
Em realidade, o que Sun Tzu nos ensina é que quase todas as batalhas já estão ganhas ou perdidas antes mesmo de haverem se iniciado. É precisamente o conhecimento das inúmeras variáveis envolvidas na guerra que faz os vencedores e os perdedores.
Mas a excelência suprema ainda se encontrava em conhecer tão bem o inimigo ao ponto de conseguir vencê-lo sem que nenhuma batalha fosse necessária: seja pela diplomacia, seja pela propaganda, seja pelo suborno ou até por vias mais obscuras. Evitar o derramamento de sangue seria sempre uma estratégia superior, uma legítima arte.
O editor.
***
[número de páginas] Equivalente a aproximadamente 130 págs. de um livro impresso (tamanho A5).
[sumário, com índice ativo]– Prefácio– Sobre a tradução– Cap. 1: Planejamento inicial– Cap. 2: Guerreando– Cap. 3: Estratégia ofensiva– Cap. 4: Disposições– Cap. 5: Energia– Cap. 6: Fraquezas e forças– Cap. 7: Manobras– Cap. 8: As nove variáveis– Cap. 9: Movimentações– Cap. 10: Terreno– Cap. 11: As nove variáveis de terreno– Cap. 12: Ataques com o emprego de fogo– Cap. 13: Utilização de agentes secretos– Notas– Epílogo 1: O paradoxo da Arte da Guerra– Epílogo 2: Todas as guerras do mundo
Obs.: Este livro digital foi ilustrado com imagens selecionadas do Exército de Terracota ao longo dos capítulos, o que pode ser conferido na amostra gratuita.