Livro de contos fantásticos. São onze histórias através das quais ingressamos numa paisagem urbana, embora nem sempre contemporânea, retratada pelo prisma da imaginação. Uma das histórias tem uma clara feição policial, cinco devem sua temática à ficção científica, embora seu foco seja, sobretudo, a situação humana frente à tecnologia e não o deslumbramento com a tecnologia em si. Mesmo nessas histórias filiadas à ficção científica interferem outras influências literárias: o terror gótico em três, o viés psicológico em outras duas. O leitor há de perceber que na maioria dessas histórias há uma ameaça latente, que é a chave, que é o motor da busca, da realização da própria história.Sobre o livro comentou o escritor Edival Lourenço, em seu prefácio:“O livro inteiro é recheado de belas metáforas. Metáforas que dão conta de traduzir com perfeição as peripécias do momento atual, que vai se firmando como pós-história, pós-industrial, pós-modernidade. Um momento impar em que morrer, individualmente, não é, nem de longe, o maior dos perigos.”