O LIVRO DE MALCO é um relato da ascensão e declínio do primeiro império pós-diluviano, bem como das crenças e costumes das antigas civilizações que habitavam as lendárias planícies de Shinar. A narrativa tem início pouco antes da separação dos continentes, e estende-se através da construção e queda da Grande Torre, da erosão da língua original e da dispersão dos povos por toda a Terra, num ambiente em que mitos e lendas gerados pela crença individual ou coletiva eram o remate da realidade.
Narrado em primeira pessoa, “O Manto do Caçador” conta-nos a história de Malco, um jovem de ascendência real que é escolhido pela providência divina para conduzir seu povo para além dos domínios de Etana, um tirano imperador que, pela posse indevida de certas vestes sagradas, assumiu o poder de governar toda a Terra.
Segundo crenças judaico-cristãs, vestes com poder semelhante haviam sido confeccionadas pela própria divindade e presenteadas a Adão e Eva quando foram expulsos do Jardim como símbolo do domínio do homem sobre os outros seres viventes. Uma história que encontra reflexo no mito grego de Jasão e os Argonautas. Segundo a lenda, Jasão saíra em busca de um manto de ouro que lhe garantiria o trono de Iolco na Tessália.
Certa de que havia uma relação entre essas histórias e convencida de que o referido manto de fato existira e subsistira ao tempo, a jovem Anita Eisenberg induz seu esposo a organizar uma expedição em busca dos pergaminhos de Malco na esperança de que, traduzindo-os, pudessem ter algum indício do paradeiro do tal manto.