Este livro é mesmo para os fortes?
O que você está para ler trata-se de um conto despretensioso e ordenado de maneira sutil, uma brincadeira com o uso de palavras complexas e mesmo assim, até um tanto usuais no dia-a-dia.
Baseado na opinião de quem o leu enquanto no prelo, advirto que pode parecer sim uma afronta ao leitor, este que uma vez aceito o desafio da compreensão inicial, poderá se deleitar com a estória de Senhor Praxedes e de seu tradutor para português, ao que se remete esta estória.
Dei sim, a abertura para incluir vícios de linguagens, coloquialismos, e a transcrição literal da forma em sugestão para alguns personagens, coloquei gírias e até neologismos, o que se fez necessário para melhorar a compreensão, lógica e argumentação, incluindo também a qualquer incauto, algumas palavras um pouco deselegantes, mas na busca do contexto, não poderia ficar omisso.
Ao final, é encontrado um índice remissivo, para que seja possível estudar as palavras mais complexas em separado ao texto, o que poderá auxiliar também na busca da compreensão, e observando a forma na qual ela foi usada.
Ainda que no início, pareça um tanto complexo, o entendimento se dará na sequência, e isso poderá vir a ficar mais interessante ao longo da leitura. Ao contrário de alguns livros onde costumariamente pulamos as palavras mais complexas e assim compreenderemos o texto, este ensaio, no início, se propõe exatamente ao contrário. Mas ao longo dos capítulos, fica mais tênue. Peço um pouco de paciência.
A história busca ser em local indefinido, a pouca descrição dos personagens sugere que o leitor possa usar de sua imaginação para dar cara às pessoas descritas. Mas sugiro que a história esteja se passando em um tempo atual. O falar complexo do personagem principal é contraditório no mundo atual, mas esta é a razão desta história, o Senhor Praxedes é dado com as tecnologias mais modernas.
Será que é possível de se chegar ao final?