PALAVRAS DO TRADUTOR Há dez ou doze anos, li numa Revista estrangeira uma extraordinária narrativa romântica, que o seu autor, o sr. J. H. Rosny, intitulava Vamiré. Referia-se a narrativa aos tempos primitivos da humanidade, e atestava tão raros predicados de artista e tão vasto conhecimento da pré-história natural, que senti a tentação de a verter para a nossa língua. Não obstante a dificuldade de uma versão exacta do romance, procurei remover ou atenuar essa dificuldade, e estampei alguns capítulos na imprensa periódica desse tempo, verificando que o conceito de apreciadores competentes autorizava o conceito que a obra me inspirava. Decorreram alguns anos e, relendo o meu{VI} desambicioso trabalho, ainda entendi que valia a pena reduzi-lo a livro, não pela tradução em si, mas pelos predicados essenciais da obra do sr. J. H. Rosny