Elle tinha duas envergaduras como esses palhaåos que apparecem no circo com um fato de duas cñres. A envergadura do beato, do amigo de D. Josç, do providencial expurgador da impiedade; a envergadura do livre-pensador, do philosopho preoccupado com o que d’elle diziam os contemporaneos. Diziam boas cousas os contemporaneos. O Choiseul’um visinho da sobre-loja, portanto,’chamßva-lhe: «um tacanho aventureiro que tinha sempre um jesuita a cavallo no nariz». O massador Garåáo e o semsaboráo Antonio Diniz da Cruz e Silva chamßvam-lhe «genio, muito alto e muito poderoso» e outras baboseiras. Os que viviam{6} junto d’elle elogißvam-n’o uns por medo, outros por interesse. Os de longe, embora corressem parelhas, no talento e no caracter, eram táo amaveis como o ministro de Luiz XV. Como politico os seus actos de governo derivam das duas attitudes que se quiz dar toda a vida. Attitudes que estáo em antithese guerreira e sáo uma revelaåáo do caracter repugnante e hypocrita d’este doutrinario que náo teve nem a aberta franqueza, nem o espirito absolvidor dos homens que imitou sempre. Chamam-se elles D. Luiz da Cunha, Alexandre de Gusmáo, Francisco Xavier d’Oliveira (o cavalleiro d’Oliveira), e o dr. Antonio Ribeiro Sanches