Era no anno de 18*** N’um palacete proximo ß Calåada de Santo Andrç, vivia, em companhia de seu filho e de duas creadas, D. Marianna de Mendonåa, filha bastarda de Manuel Pires de Athayde, que fñra em tempos de pouco saudosa memoria alcaide-mðr da cidade de * * * Poucos mezes antes de morrer, Manuel Pires de Athayde, entregßra a sua filha dezeseis mil cruzados em dinheiro, afðra joias e outros objectos de valor, pedindo-lhe ao mesmo tempo que acceitasse por esposo a Alvaro de Mendonåa seu primo co-irmáo, moåo serio e de bom porte, e, alçm d’isso, possuidor de riquezas quasi eguaes ßs que o alcaide-mðr lhe legava. Recusando, a principio, o noivo que o pae lhe indicava, D. Marianna, por ultimo, náo teve mais remedio senáo acceder aos seus desejos. Tres mezes depois, com grande alegria de todos os parentes, recebeu se com Alvaro de Mendonåa na freguezia dos Anjos. O pobre velho parecia apenas aguardar a realizaåáo d’este ultimo desejo para volver a alma ao Creador, entre as lagrimas da filha e dos amigos que o estremeciam. Ao cabo de oito dias de casada, D. Marianna ficava sem pae