“Este livro situa-se na linha dos estudos críticos sobre o corporativismo e o autoritarismo. Oliveira Vianna desenvolve sua obra entre 1918 e 1951, assistindo a dois momentos conjunturais da industrialização brasileira: 1918 e 1937. Sua obra constitui, como bem acentua Evaldo Vieira, na Conclusão, uma tentativa de sistematização ideológica dos princípios de uma revolução conservadora, entendida como uma “”revolução burguesa retardada””. Dentro desse ideário, o “”Estado Corporativo é a essência deste projeto de contrarrevolução””, já que Oliveira Vianna rejeita a transformação social, limitando-se a um projeto de reformas para evitar mudanças estruturais. Seus escritos são uma resposta à Revolução de 1930, que leva a uma crise de hegemonia, somente resolvida após o Golpe de Estado de 1937, dado por Getúlio Vargas. O que Oliveira Vianna pretende é a transformação da classe dirigente em classe dominante.”