A estética pop, criada nos anos 50 por Andy Warhol, captura a comunicação contemporânea de nossa Idade Mídia, caracterizada pela rede de conexões, anseio de visibilidade em oposição ao fechamento do poder religioso medieval. É o império do brilho, da performance e dos remixes. O ensaio une a teoria à pesquisa de campo, a visão de longe à proxemia na construção do seu objeto. A “popficação” da periferia por este discurso é um episódio típico que buscamos analisar, enfocando a linguagem das políticas culturais e, paralelamente, as estratégias midiáticas na representação comunitária. As normatividades que cercavam as noções de centro e periferia sofrem reconfigurações e, em lugares de fronteira, negociações e confrontos se desenham, bem como um novo protagonismo social.