O texto tem como objeto a Política de financiamento da Educação do Campo, delimitada ao PRONACAMPO, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI), do Ministério da Educação, lançado em 2012. Situamos a Educação do Campo no conjunto da educação brasileira e como tal, necessita de ampliação de investimento e direcionamento para atender o conjunto da classe trabalhadora. Observamos um quadro de más condições na estrutura física das escolas, problemas na formação inicial e continuada dos professores, grande distorção idade-série, como pano de fundo da valorização do agronegócio e da concentração da propriedade da terra. Nos propusemos a identificar as possibilidades de avanços do programa, particularmente nos âmbitos de sua abrangência e de seu financiamento, bem como propomos ajustes e mudanças para que este seja uma possibilidade real de atendimento das reivindicações dos trabalhadores do campo. Para tanto, defendemos um sistema nacional que possa combater as suas fragilidades, bem como um plano nacional de financiamento, articulado a esse sistema, como demanda urgente para a educação dos trabalhadores do campo.